sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Baiano e os Novos Caetanos


Morreu na noite desta terça-feira (16) no Tocantins o ator, cantor, compositor e humorista Arnaud Rodrigues.
O artista nascido em Serra Talhada (PE), em 1942, estava em uma embarcação com nove pessoas que virou na tarde desta terça em um lago na altura do km 26 da rodovia TO 10.
Arnaud Rodrigues trabalhou nos programas de Chico Anysio na TV Globo, entre eles "Chico City" (1973), e em vários programas humorísticos.
Ao lado de Chico Anysio formou o grupo musical Baiano e os Novos Caetanos na década de 70.
Entre muitas músicas destaco esta:


EU VOU BATE PA TU
Falou, é isso aí malandro
Tem que se ligar aí nesse som, tá sabendo...
Eu vou bate pá tú, pá tu bate pá tua patota
Vou batê pá tu bate pá tú
Pá tú batê
Vô batê pá tú, batê pá tú
Pá tú batê
Vô batê pá tú, batê pá tú
Pá tú batê
Vô batê pá tú, batê pá tú
Pá tú batê
Pá amanhã a pá não me dizer
Que eu não bati pá tú
Pá tú pode batê
O caso é esse
Dizem que falam que não sei o que
Tá pá pintá ou tá pá acontecer
É papo de altas transações
Deduração um cara louco
Que dançou com tudo
Entregação com dedo de veludo
Com quem não tenho grandes ligações
Vou batê pá tu bate pá tú
Pá tú batê
Vô batê pá tú, batê pá tú
Pá tú batê
Vô batê pá tú, batê pá tú
Pá tú batê
Vô batê pá tú, batê pá tú
Pá tú batê
Pá amanhã a pá não me dizer
Que eu não bati pá tú
Pá tú pode batê
O caso é esse
Dizem que falam que não sei o que
Tá pá pintá ou tá pá acontecer
É papo de altas transações
Deduração, um cara louco
Que dançou com tudo
Entregação com dedo de veludo
Com quem não tenho grandes ligações
Tá falado, tu tem que se ligar....
É isso aí, falou
Vou batê pá tu bate pá tú
Pá tú batê
Vô batê pá tú, batê pá tú
Pá tú batê
Vô batê pá tú, batê pá tú
Pá tú batê
Vô batê pá tú, batê pá tú
Pá tú batê
Pá amanhã a pá não me dizer
Que eu não bati pá tú
Pá tú pode batê
O caso é esse
Dizem que falam que não sei o que
Tá pá pintá ou tá pá acontecer
É papo de altas transações
Deduração um cara louco
Que dançou com tudo
Entregação com dedo de veludo
Com quem não tenho grandes ligações


Pra quem é mais novo e não teve oportunidade de ouvir..


Taí em baixo...



Entre seus trabalhos em novelas destacam-se "Roque Santeiro" (1985), "Partido Alto" (1984), "Pão Pão, Beijo Beijo" (1983), "Bandidos da Falange" (1983) e uma participação especial em "Lampião e Maria Bonita" (1982).


No cinema, atuou em "A filha dos Trapalhões" (1984), "Os Trapalhões e o Mágico de Oroz" (1984), "O doce esporte do sexo" (1971) e "Uma negra chamada Tereza" (1973).

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Caipiras de Raiz






Pena Branca, nos deixa aos 70 anos e sempre fiel às origens, soube misturar MPB e moda de viola, em contraponto ao sertanejo difundido pela mídia
Um valioso guardião da música interiorana, caipira genuína, um dos últimos de uma espécie em extinção, José Ramiro, mais conhecido como Pena Branca.
Pena Branca ficou famoso a partir dos anos 1980 quando formou dupla com seu irmão Ranulfo Ramiro da Silva, o Xavantinho, morto em 1999. Nascido em Igarapava, no interior de São Paulo, em 1939, ele passou boa parte da infância e adolescência em Uberlândia, interior de Minas, onde seu irmão nasceu três anos depois dele. Ambos trabalharam na roça com o pai e outros cinco irmãos até que começaram a cantar juntos em 1962. Seis anos depois, os dois se mudaram para São Paulo para tentar a carreira artística.
Como a história de tantos outros batalhadores, a dupla passou mais de uma década investindo em sua música até que se inscreveu no Festival MPB Shell, da Rede Globo, de 1980 e se classificou para a final com a canção Que Terreiro É Esse?, de Xavantinho. No mesmo ano, eles lançaram o primeiro LP, Velha Morada, em que predominavam composições de Xavantinho, e tinha também a folclórica Calix Bento e Cio da Terra (Milton Nascimento e Chico Buarque).
A dupla viria a gravar outras canções do repertório de Milton (só Cio da Terra tem três gravações dos irmãos) e também composições de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Luiz Gonzaga, Almir Sater, Renato Teixeira, Tavinho Moura (um de seus principais incentivadores) e Ivan Lins, entre outros.
Porém, música popular com sotaque matuto, bem recebida pela área intelectual, não se ajeitava nas faixas mais populares do público. Música caipira com sotaque de MPB causava um tantinho de estranheza no mundo sertanejo.
O cenário não mudou muito, mas Pena Branca, depois da morte do irmão, seguiu adiante com sua bandeira nessa seara sozinho. Artistas urbanos como Renato Teixeira (que gravou um bem-sucedido álbum ao vivo com a dupla em Tatuí), continuam trazendo o ''sabor da terra'', digamos, à MPB. Questões de mercado e preferência popular à parte, deixou em carreira-solo, mas principalmente nos dez discos gravados em dupla com Xavantinho, um respeitável e importante registro desse cancioneiro.
Discografia
PENA BRANCA & XAVANTINHO
Velha Morada (1980)
Uma Dupla Brasileira (1982)
Cio da Terra (1987)
Canto Violeiro (1988)
Cantadô de Mundo Afora (1990)
Ao Vivo em Tatuí com Renato Teixeira (1992)
Violas e Canções (1993)
Ribeirão Encheu (1995)
Pingo d"Água (1996)
Coração Matuto (1998)
DISCOS-SOLO DE PENA BRANCA
Semente Caipira (2000)
Pena Branca Canta Xavantinho(2002)
Cantar Caipira (2007)

(pesquisa - O ESTADÃO.COM.BR)

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009


Esta é a música do meu irmão Edu que mais admiro, foi feita especialmente para uma peça de teatro.




CARAVELAS

Chegou...




com as caravelas




feliz e ébrio, de cajuína




me trouxe um anel de turmalina




e camafeus, com meu perfil, talhados, em pau-brasil.




me contou estórias de bandeiras




mil bravatas de batalhas, tribos morenas e manhãs que jamais vi.




voltou com a noite nos olhos e anoiteceu os meus dias




pôs o meu nome nas velas, em versos e heresias.




fez o que fez, deu no que deu, depois partiu




e eu nem sei se já morreu




chegou...com as caravelas




feliz e ébrio, de cajuína,




me trouxe um anel de turmalina




e camafeus, com meu perfil




talhados em pau-brasil







me falou do amor de Pindorama, da magia das mulatas




lendas nativas e canções em guarany




voltou com um dente de ouro, que enriqueceu os seus beijos




e um misticismo latente, que libertou meus desejos.




Fez o que fez, deu no que deu




depois partiu




e eu nem sei se já morreu

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

99º Aniversário de Adoniran Barbosa (João Rubinato)




* 6/8/1910 Valinhos, SP

+ 23/11/1982 São Paulo, SP


Entrou para a história da Música Popular Brasileira como um dos maiores nomes da cultura e da produção artística de São Paulo, um originalíssimo cronista musical da vida de sua cidade. Suas primeiras composições foram "Minha vida se consome", com Pedrinho Romano e Verídico e "Socorro", com Pedrinho Romano. Tentava a sorte em programas de calouros da Rádio Cruzeiro do Sul de São Paulo. Em 1933, foi aprovado num desses concursos, interpretando o samba "Filosofia", de Noel Rosa. Iniciou carreira artística a convite do cantor Paraguaçu, que o levou a se apresentar num programa semanal (de 15 minutos de duração), onde era acompanhado por conjunto regional. Em 1935, teve sua primeira composição gravada, a marcha "Dona boa", registrada por Raul Torres na Columbia, composição na qual colocou versos em música de J. Aimberê. Essa marcha recebeu o prêmio de primeira colocada em concurso de músicas carnavalescas promovido pela Prefeitura de São Paulo. Ainda nesse mesmo ano, adotou o pseudônimo com o qual se tornaria posteriormente conhecido pelo grande público.


Discografia:

Os mimosos colibris/Saudade da maloca (1951) Continental 78


Samba do Arnesto/Conselho de mulher (1952) Continental 78

Saudosa maloca/Samba do Arnesto (1955) Continental 78

Pra que chorar (1958) RGE 78

Pafunça/Nois não os bleque tais (1958) RGE 78

Aqui Gerarda !/Juro, amor ! [s/d] CEME 78

Adoniram Barbosa (1975) Odeon LP

Adoniram Barbosa (1980) EMI-Odeon LP

Adoniram Barbosa-documento inédito (1984) Eldorado LP

Adoniram Barbosa e convidados (1993) EMI CD

Adoniram Barbosa (1996) Editora Globo CD

Meus Momentos. Adoniran Barbosa (1999) EMI CD


(extraído do dicionário Cravo Albin da MPB)

sábado, 25 de julho de 2009

ESBOÇOS SOBRE A MÚSICA


Concebida por Mike Tonkin e Anna Liu, esta escultura é feita de 1000 tubos galvanizados que, quando percorridos pelo vento, actuam como flautas. Esta árvore metálica produz notas e acordes que variam com a intensidade e direcção do vento, fazendo com que a música aleatória desta escultura alcance quilómetros na paisagem inglesa



ESBOÇOS SOBRE A MÚSICA

A música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne, a arte das musas) constitui-se basicamente de uma sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo. É considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana. Actualmente não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações musicais próprias. Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser considerada como uma forma de arte, considerada por muitos como sua principal função.
A criação, a performance, a significância e até mesmo a definição de música variam de acordo com a cultura e o contexto social. A música vai desde composições fortemente organizadas (e a sua recriação na performance), música improvisada até formas aleatórias. A musica pode ser dividida em gêneros e subgêneros, contudo as linhas divisórias e as relações entre gêneros musicais são muitas vezes subtis, algumas vezes abertas à interpretação individual e ocasionalmente controversas. Dentro das "artes", a música pode ser classificada como uma arte de representação, uma arte sublime, uma arte de espectáculo.
Para indivíduos de muitas culturas, a música está extremamente ligada à sua vida. A música expandiu-se ao longo dos anos, e atualmente se encontra em diversas utilidades não só como arte, mas também como a militar, educacional ou terapêutica (musicoterapia). Além disso, tem presença central em diversas atividades coletivas, como os rituais religiosos, festas e funerais.
Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história. Provavelmente a observação dos sons da natureza tenha despertado no homem, através do sentido auditivo, a necessidade ou vontade de uma atividade que se baseasse na organização de sons. Embora nenhum critério científico permita estabelecer seu desenvolvimento de forma precisa, a história da música confunde-se, com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humana.