quinta-feira, 24 de dezembro de 2009


Esta é a música do meu irmão Edu que mais admiro, foi feita especialmente para uma peça de teatro.




CARAVELAS

Chegou...




com as caravelas




feliz e ébrio, de cajuína




me trouxe um anel de turmalina




e camafeus, com meu perfil, talhados, em pau-brasil.




me contou estórias de bandeiras




mil bravatas de batalhas, tribos morenas e manhãs que jamais vi.




voltou com a noite nos olhos e anoiteceu os meus dias




pôs o meu nome nas velas, em versos e heresias.




fez o que fez, deu no que deu, depois partiu




e eu nem sei se já morreu




chegou...com as caravelas




feliz e ébrio, de cajuína,




me trouxe um anel de turmalina




e camafeus, com meu perfil




talhados em pau-brasil







me falou do amor de Pindorama, da magia das mulatas




lendas nativas e canções em guarany




voltou com um dente de ouro, que enriqueceu os seus beijos




e um misticismo latente, que libertou meus desejos.




Fez o que fez, deu no que deu




depois partiu




e eu nem sei se já morreu

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

99º Aniversário de Adoniran Barbosa (João Rubinato)




* 6/8/1910 Valinhos, SP

+ 23/11/1982 São Paulo, SP


Entrou para a história da Música Popular Brasileira como um dos maiores nomes da cultura e da produção artística de São Paulo, um originalíssimo cronista musical da vida de sua cidade. Suas primeiras composições foram "Minha vida se consome", com Pedrinho Romano e Verídico e "Socorro", com Pedrinho Romano. Tentava a sorte em programas de calouros da Rádio Cruzeiro do Sul de São Paulo. Em 1933, foi aprovado num desses concursos, interpretando o samba "Filosofia", de Noel Rosa. Iniciou carreira artística a convite do cantor Paraguaçu, que o levou a se apresentar num programa semanal (de 15 minutos de duração), onde era acompanhado por conjunto regional. Em 1935, teve sua primeira composição gravada, a marcha "Dona boa", registrada por Raul Torres na Columbia, composição na qual colocou versos em música de J. Aimberê. Essa marcha recebeu o prêmio de primeira colocada em concurso de músicas carnavalescas promovido pela Prefeitura de São Paulo. Ainda nesse mesmo ano, adotou o pseudônimo com o qual se tornaria posteriormente conhecido pelo grande público.


Discografia:

Os mimosos colibris/Saudade da maloca (1951) Continental 78


Samba do Arnesto/Conselho de mulher (1952) Continental 78

Saudosa maloca/Samba do Arnesto (1955) Continental 78

Pra que chorar (1958) RGE 78

Pafunça/Nois não os bleque tais (1958) RGE 78

Aqui Gerarda !/Juro, amor ! [s/d] CEME 78

Adoniram Barbosa (1975) Odeon LP

Adoniram Barbosa (1980) EMI-Odeon LP

Adoniram Barbosa-documento inédito (1984) Eldorado LP

Adoniram Barbosa e convidados (1993) EMI CD

Adoniram Barbosa (1996) Editora Globo CD

Meus Momentos. Adoniran Barbosa (1999) EMI CD


(extraído do dicionário Cravo Albin da MPB)

sábado, 25 de julho de 2009

ESBOÇOS SOBRE A MÚSICA


Concebida por Mike Tonkin e Anna Liu, esta escultura é feita de 1000 tubos galvanizados que, quando percorridos pelo vento, actuam como flautas. Esta árvore metálica produz notas e acordes que variam com a intensidade e direcção do vento, fazendo com que a música aleatória desta escultura alcance quilómetros na paisagem inglesa



ESBOÇOS SOBRE A MÚSICA

A música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne, a arte das musas) constitui-se basicamente de uma sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo. É considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana. Actualmente não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações musicais próprias. Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser considerada como uma forma de arte, considerada por muitos como sua principal função.
A criação, a performance, a significância e até mesmo a definição de música variam de acordo com a cultura e o contexto social. A música vai desde composições fortemente organizadas (e a sua recriação na performance), música improvisada até formas aleatórias. A musica pode ser dividida em gêneros e subgêneros, contudo as linhas divisórias e as relações entre gêneros musicais são muitas vezes subtis, algumas vezes abertas à interpretação individual e ocasionalmente controversas. Dentro das "artes", a música pode ser classificada como uma arte de representação, uma arte sublime, uma arte de espectáculo.
Para indivíduos de muitas culturas, a música está extremamente ligada à sua vida. A música expandiu-se ao longo dos anos, e atualmente se encontra em diversas utilidades não só como arte, mas também como a militar, educacional ou terapêutica (musicoterapia). Além disso, tem presença central em diversas atividades coletivas, como os rituais religiosos, festas e funerais.
Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história. Provavelmente a observação dos sons da natureza tenha despertado no homem, através do sentido auditivo, a necessidade ou vontade de uma atividade que se baseasse na organização de sons. Embora nenhum critério científico permita estabelecer seu desenvolvimento de forma precisa, a história da música confunde-se, com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humana.